Dia 8 de março assinala o Dia Internacional da Mulher, comemorado como forma de assinalar a afirmação da mulher na sociedade, nas suas diferentes manifestações, esta data carrega simbolismo histórico, afirmação presente e um manifesto anseio de um futuro diferente.
O Dia Internacional das Mulheres, 8 de março, foi oficializado pela Organização das Nações Unidas (ONU), em 1975.
A ideia de criar o Dia das Mulheres surgiu entre o final do séc. XIX e o início do séc. XX nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas feministas por melhores condições de vida e trabalho e pelo direito ao voto. Em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhaga, a líder socialista alemã Clara Zetkin propôs a instituição de uma celebração anual das lutas pelos direitos das mulheres trabalhadoras, sem, contudo, fixar uma data específica.
Mas, o 8 de março acabou por prevalecer, graças à onda de protestos contra a fome e a Primeira Guerra Mundial que tomaram conta da Rússia em 1917, e que levaram à Revolução Russa.
Um grupo de operárias saiu às ruas num desses protestos, no dia 23 de fevereiro pelo antigo calendário russo - 8 de março no calendário gregoriano, que os soviéticos adotariam em 1918 e é utilizado pela maioria dos países do mundo hoje.
Na década de 1970, o ano de 1975 foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e o dia 8 de março foi adotado como o Dia Internacional das Mulheres pelas Nações Unidas, tendo como objetivo lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres, independente de divisões nacionais, étnicas, linguísticas, culturais, económicas ou políticas.
Ultrapassados mais de dois anos de pandemia, encontramo-nos a braços com outra crise global e, como sempre, nestes momentos, as mulheres - mais mal pagas, mais sujeitas a precariedade e responsáveis, em grande parte dos casos, pelo apoio a descendentes e ascendentes - são as primeiras a sofrer as consequências.
Portugal ocupa o 15.º lugar no ranking do Índice de Igualdade de Género 2022 do Instituto Europeu da Igualdade de Género. Apesar da posição se manter, registou-se um ligeiro aumento percentual devido à melhoria de índices como a Tomada de Decisão ou Conhecimento, não obstante retrocessos em áreas como a Saúde, o Tempo (uma das maiores disparidades na UE no tempo de trabalho doméstico não remunerado, reconhecendo-se à mulher portuguesa as esferas profissional e familiar, mas raramente a pessoal) ou as Taxas de Pobreza. Neste índice, o ranking assinala que, entre 2021 e 2022, aumentou o intervalo entre mulheres (17%) e homens (15%) no que respeita ao risco de pobreza.
A mudança existe, os progressos também, mas tem-se mostrado difícil para a maioria das mulheres e raparigas no mundo. Problemas como a desigualdade salarial, violência doméstica e de género, mutilação genital feminina, casamentos forçados de raparigas menores e muitos mais precisam urgentemente de ser resolvidos a nível mundial. É por estas razões que é tão importante ter movimentos sociais como o Feminismo e Partidos Políticos que lutam todos os dias pelo bem-estar e pela igualdade no mundo.
Celebramos as conquistas de todas as mulheres, independentemente do contexto étnico, social, político, socioeconómico de orientação sexual e de identidade. É o dia em que devemos olhar para os direitos humanos com outros olhos e celebrar a coragem e determinação de quem ajudou a rescrever os nossos direitos.
Porque da MULHER derivam todas as pessoas dizer obrigado não basta!
É preciso Reconhecer de forma Igual, no Trabalho, no Salário, no Respeito e no Combate contra todas as formas de discriminação!
A Junta de Freguesia Saúda todas as MULHERES que diariamente constroem o Presente e o Futuro da Nossa Freguesia.