Vigília a 17 de novembro para exigir melhor saúde na região

Vigília a 17 de novembro para exigir melhor saúde na região

O Fórum Intermunicipal da Saúde promove, a 17 de novembro, entre as 19h00 e as 00h00, uma vigília junto ao Hospital de São Bernardo, em Setúbal, para dar voz às populações da área de influência do Centro Hospitalar de Setúbal e às/aos representantes do Poder Local, exigindo o reforço do serviço de Urgências e, de modo geral, do Serviço Nacional de Saúde.

A realização desta ação pública resultou da última reunião deste Fórum, a 24 de outubro, por iniciativa dos presidentes dos três municípios da Arrábida – Palmela, Sesimbra e Setúbal – e participada por comissões de utentes, profissionais do setor e populares. Na ocasião, foi expressa a profunda preocupação face às dificuldades de funcionamento do Centro Hospitalar de Setúbal e à degradação generalizada da resposta prestada a milhares de utentes da região. Para mais de 5 mil doentes, já fora ultrapassado, em setembro, o prazo clinicamente recomendado para a cirurgia que lhes fora prescrita em 11 especialidades, e no final de 2022, para 10.401 doentes, já tinha sido ultrapassado o prazo para a realização da consulta que aguardavam em dez especialidades médicas.

Depois de, nas reuniões realizadas com o Ministro da Saúde no início do ano, ter sido garantido que a instabilidade verificada nos Serviços de Urgência Obstétrica e Pediátrica e em algumas das valências da Urgência Geral seria transitória e que estavam em curso medidas para reverter a situação, o que se afigurou como conjuntural tornou-se, afinal, recorrente e o encerramento programado de maternidades e urgências de obstetrícia é, já, admitido como definitivo pelos responsáveis da tutela.

Álvaro Amaro denuncia chantagem sobre as autarquias

Além da situação alarmante vivida no Centro Hospitalar de Setúbal, os municípios da Arrábida vivem uma situação sem precedentes na saúde, com mais de 62 mil utentes sem Médico de Família (dados de setembro). No caso concreto de Palmela, a 18 de outubro, 18.072 utentes do Concelho (28%) não tinham Médico de Família e várias unidades de saúde funcionam apenas alguns dias por semana e dependem de médicas/os prestadoras/es de serviços, não dispondo de profissionais diretamente afetas/os. Esta instabilidade perverte o conceito de medicina familiar, assente na disponibilidade, relação de confiança e conhecimento do historial clínico das/os utentes,

Para o Presidente da Câmara Municipal de Palmela, o atual contexto da saúde na região e no país tem contribuído para um clima de incerteza e desconfiança, que tem induzido as pessoas a optar pelo setor privado. Álvaro Amaro aproveitou a oportunidade para voltar a denunciar a chantagem a que as autarquias têm sido submetidas pelo Governo, através da descentralização de competências na área da Saúde, fazendo depender a concretização de novos investimentos – caso da aguardada e já contratualizada nova Unidade de Saúde Familiar de Quinta do Anjo – da assinatura dos Autos de Transferência pelos municípios.

Num momento em que o país assinala os 50 anos do 25 de Abril de 1974, o Fórum Intermunicipal da Saúde continua a exigir que o SNS, uma das maiores conquistas de Abril, seja dotado dos meios e recursos humanos e logísticos necessários para assegurar uma resposta de qualidade e manifesta todo o seu apoio às/aos profissionais de saúde na sua luta por melhores condições remuneratórias e de trabalho, determinantes para a motivação e disponibilidade de quem já está ao serviço, bem como para aumentar a capacidade de atração de novas/os profissionais para o setor público.

Corroios

Sede

Rua João de Deus
2950-731 Quinta do Anjo
Telef: 212 880 232

 

Delegação

Rua Catarina Eufémia, 9 Bairro Alentejano
2950-513 Quinta do Anjo
Telef: 212 130 344

geral@jf-quintadoanjo.pt